‘Selo da Juventude’: Criação de condições para a captação de trabalhadores digitais no concelho

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A rápida evolução das tecnologias de informação e comunicação vieram alterar significativamente os modelos clássicos de trabalho, passando este a ser possível de forma remota a partir de, virtualmente, qualquer lugar. A recente pandemia acelerou essa tendência, primeiro por imposição sanitária e, depois, pela constatação de que daí podiam decorrer inúmeras vantagens.

Diversos trabalhadores em todo o mundo, em especial jovens qualificados, possuem hoje uma maior sensibilidade na procura de elevar os seus índices de felicidade pessoal, bem-estar e qualidade de vida, que se traduza, em especial, numa combinação de economia, sustentabilidade e mobilidade. São os chamados novos Nómadas Digitais.

O Unidos por Torres Vedras – Movimento Cívico considera que o nosso concelho pode e deve desenvolver um modelo de produtos e serviços que potencie a captação deste público interessado em se fixar (permanente ou temporariamente) no concelho de Torres Vedras.

Para tanto importa considerar e valorizar os principais fatores de atratividade. Consabidamente, Portugal oferece segurança, valores Europeus e acesso a 27 mercados, um custo de vida acessível, um clima temperado, gastronomia e hospitalidade de excelência. Torres Vedras, por sua vez, acrescenta uma singular diversidade da paisagem (praia, mar, campo, cidade), proximidade da capital e de um aeroporto internacional, e uma série de outros fatores associados ao bem-estar e qualidade de vida e que são justamente os mais procurados pelos nómadas digitais. Outros, importa reforçar ou desenvolver estrategicamente.

Julgamos ser possível identificar quatro (4) grandes áreas de perfil para o nomadismo digital no nosso concelho: a zona litoral, o interior florestal, o interior agrícola e a cidade.

No desenho e desenvolvimento da iniciativa Nómadas Digitais, deverão ser considerados, em especial:

  • Um modelo de implementação progressiva, por fases, calendarizadas (assegurando levantamento de informação, envolvimento de agentes locais interessados e planos dedicados de comunicação e marketing);
  • A identificação, no concelho, das áreas potencialmente mais interessantes para os nómadas digitais;
  • O levantamento de boas práticas nacionais e/ou internacionais em regiões com características análogas;
  • O acesso a infraestrutura 5G nas zonas identificadas;
  • A criação ou adaptação de espaços de trabalho adequadamente equipados nos locais identificados;
  • A listagem atualizada de acomodação local e ofertas de arrendamento;
  • Envolver os agentes económicos, tais como hotéis, restauração, alojamento local, ofertas de mobilidade, empresas de tecnologia ou empresários de diversas áreas;
  • Informação sobre possibilidades de colaboração em projetos empresariais, industriais, ambientais, sociais ou outros no concelho;
  • Estimular a interação e o envolvimento dos Nómadas Digitais na comunidade, para que partilhem experiências e saberes e contribuam para a sua dinamização, capacitação e enriquecimento económico-social (legado);
  • A promoção de um ‘pacote de boas-vindas’ (welcome pack) que contemple, nomeadamente:
  • Um Cartão de Saúde Municipal para acesso aos cuidados de saúde disponíveis no concelho;
  • Um Guia com ofertas culturais, lúdicas, desportivas – considerando as 4 áreas de perfil no território – e atividades promovidas por associações locais próximas;
  • Um ‘Mapa GPS’ – app – do concelho com os locais identificados e equipados;
  • Identificação de um anfitrião (host), que introduzirá os novos residentes ao concelho de Torres Vedras e será o responsável pela gestão da estada e hospitalidade.

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