Na sessão de Câmara de 15 de fevereiro, realizada na Freiria, o Grupo dos Vereadores do Unidos por Torres Vedras – Movimento Cívico alertou para a grave questão da Seca e do Défice da Água, e “consequente concorrência pela água”, instando o executivo a colocar este assunto no topo da agenda municipal.
Ao apontar o cenário de ausência de chuva que se tem verificado e que se adivinha recorrente, em função do quadro de alterações climáticas, o Vereador Diogo Guia chamou a atenção para a urgência de se trabalhar nos vários cenários, caso a situação se prolongue ou agrave, e de adoptar políticas (pro)activas em matéria de utilização e aproveitamento inteligente da água, convocando todos a adoptar as melhores soluções.
A implementação de medidas de gestão adequada de consumo de água, que envolvam as perdas na utilização indevida ou inapropriada e as boas práticas no uso, poupança e reutilização, são determinantes para sensibilizar e envolver oscidadãos no processo, na sua qualidade de agentes protetores do ambiente e da comunidade, factores que fortalecem a solidariedade e a resiliência. No que diz respeito ao uso da água no sector agrícola, Diogo Guia afirmou ainda ser “necessário usar de inteligência no aproveitamento da água, por isso poupar no consumo no mundo rural, significa diminuir as necessidades de rede. Reciclar, “circular” ou usar “em cascata” são cómodos básicos de uma gestão moderna, eficiente e que aponta seriamente à sustentabilidade”.
Neste sentido, o Unidos por Torres Vedras – Movimento Cívico, que elegeu a gestão sustentável da água como uma das prioridades no seu programa eleitoral, pretende contribuir para que o tema seja debatido de forma integral e informada, preconizando que se leve em conta o seguinte conjunto de acções:
- adopção de medidas de salvaguarda de curto prazo (especialmente, medidas de sustentabilidade e eficiência de médio e longo prazos);
- inventariação dos consumidores potenciais de água reutilizada, seu apoio e replicação, a elaboração de um mapa (na base do já elaborado para o PMDCI) de pontos de água e/ou reservatórios (com vista a aumentar o número e dispersão geográfica, fazendo uso de aproveitamentos);
- diferenciação positiva (vantagens fiscais ou outras) nos licenciamentos de obras de particulares que integrem sistemas de recuperação e armazenamento de águas pluviais dos telhados, redes de distribuição separativas dessas águas recuperadas e reutilizadas (e integrá-los nos projetos de obras municipais);
- campanhas de sensibilização para a dramática escassez de água, cuja primeira “linha de combate” é a educação para a poupança a partir da disciplina de uso;
- reutilização das águas residuais, após tratamento em ETAR’s (águas negras e cinzentas).