Na sessão pública do executivo camarário desta terça-feira, no Maxial, o Unidos por Torres Vedras – Movimento Cívico recordou as propostas que o seu Grupo de Vereadores apresentou em fevereiro deste ano, quando alertou para a grave questão da Seca e do Défice da Água, e “consequente concorrência pela água”, instando o executivo a colocar este assunto no topo da agenda municipal e a adotar uma atitude proativa.
Desde então, a situação agravou-se, ao ponto de o Governo anunciar, há poucos dias, a adoção de medidas extraordinárias de contenção e racionalização do uso dos recursos hídricos, a par de um reforço das verbas do Fundo Ambiental em mais 3 milhões de euros para a adoção de medidas de mitigação da seca.
Diversas dessas medidas estão em linha com o que foi proposto pelo UNIDOS em Fevereiro deste ano, como ações que podiam e devem ser encetadas a nível Municipal.
Neste sentido, o Unidos por Torres Vedras – Movimento Cívico, que elegeu a gestão sustentável da água como uma das prioridades no seu programa eleitoral, instou novamente o executivo municipal a definir um plano concreto de acção para que o tema seja debatido de forma integral e informada, preconizando que seja adotado um conjunto de ações, que agora se recorda:
• Promoção e divulgação de medidas de salvaguarda de curto prazo (especialmente, medidas de sustentabilidade e eficiência de médio e longo prazos) em linha com as anunciadas pelo Governo, apoiando os consumidores no conhecimento e na implementação de tais medidas;
• Lançar e reforçar campanhas de sensibilização para a dramática escassez de água, cuja primeira “linha de combate” é a educação para a poupança a partir da disciplina de uso – começando justamente com um programa para todas as Escolas do Concelho a decorrer ao longo de todo o ano letivo;
• Proceder à inventariação dos consumidores potenciais de água reutilizada, o seu apoio e replicação, elaborando um mapa (na base do já elaborado para o Plano Florestal) de pontos de água e/ou reservatórios, com vista a aumentar o número e dispersão geográfica, fazendo uso de aproveitamentos;
• Promover a diferenciação positiva (vantagens fiscais ou outras) nos licenciamentos de obras de particulares que integrem sistemas de recuperação e armazenamento de águas pluviais dos telhados, redes de distribuição separativas dessas águas recuperadas e reutilizadas (e integrá-los nos projetos de obras municipais);
• Acelerar as soluções de reutilização das águas residuais, após tratamento em ETAR’s (águas negras e cinzentas).
• Prosseguir na recolha e tratamento de dados que permitam um crescente conhecimento sobre os recursos hídricos existentes no Concelho para apoiar, em particular os agricultores, com dados, em medidas eficazes de mitigação do impacto da seca.